quarta-feira, 6 de maio de 2009

Viagem ao México





De 1993 a 1995 fiz uma necessária correção de rumo e pus em marcha um audacioso projeto intelectual. Mudei-me para a Cidade do México, para realizar um grande sonho: estudar as culturas pré-hispânicas daquele país, com enfoque todo especial na cultura maia, minha eterna paixão. Foi difícil me conter. Novos projetos, novos amigos, viver numa das mais maiores cidades do mundo e, de quebra, ter a oportunidade de estudar na conceituadíssima Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM). Foi uma experiência ímpar. Para vocês terem uma ideia do que eu vivenciei, digo-lhes que cursei Literatura Maia (iucateca) com um professor japonês, que ministrava as aulas em espanhol e cobrava leituras em língua inglesa. E o pior é que nós nos entendíamos! Nessa universidade tive colegas dos Estados Unidos, Coreia, Japão, El Salvador, Guatemala e Itália, cujas formações ou áreas de graduação eram completamente distintas (arqueólogos, historiadores, antropólogos físicos, linguistas, médicos, arquitetos). Era uma veradeira Torre de Babel com a diferença que nos entendíamos em espanhol. Esssa mesma universidade possibilitou-me conhecer inúmeros sítios arqueológicos como Tula, Teotihuacan, El Tajín, Malinalco, Cempoala. Só na zona arqueológica maia, ficamos cerca de vinte e dois dias viajando pelos estados de Tabasco, Yucatan, Campeche e o território de Quintana Roo. Enfim, reconheço, os deuses conspiraram a meu favor.

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