quarta-feira, 27 de maio de 2009

Na Terra do Quetzal- Parte 1

Dando continuidade a meu projeto intelectual de, na medida do possível, conhecer locais que abrigam antigas cidades pré-hispânicas, em janeiro de 2004, visitei dois países da América Central: Guatemala e Honduras. O primeiro deles, também conhecido como berço do sagrado pássaro Quetzal, é uma verdadeira dádiva da natureza, pois consegue agregar a exuberância das florestas tropicais à fotogenia dos vulcões (o país tem mais de vinte vulcões, muitos do quais em plena atividade). De quebra ainda há lugares indescritíveis como o lago Atitlán. Como se isso não bastasse, a Guatemala é o país da América Central que dispõem de um dos mais ricos acervos culturais mesoamericanos, mais precisamente um vasto conjunto de ruínas de cidades da civilização maia, como Iximché, Tikal, Kaminaljuyu, Piedras Negras, Dos Pilas, Naranjo e Quiriguá. Todavia, o motivo principal de minha visita a este país foi a realização de um trabalho de campo junto a comunidade maia-k'iche' do município de Rab'inal (Departamento da Baixa Vera Paz), para a elaboração de minha dissertação de mestrado, intitulada Entre mundos, gestos e palavras: literatura, história e memória cultural no ballet-drama k'iche' Rab'inal Achi. Durante essa viagem também produzi um pequeno livro de memórias que recebeu o carinhoso nome de Na terra do quetzal. Depois fiz uma breve visita à Honduras, onde conheci a famosa cidade maia de Copán, suas estelas e a imensa escada hieroglífica.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Latino-americando



LATINO-AMERICANDO



América Latina
Tanto ao norte quanto ao sul desse Equador.
América semente
Belize sem par de uma Costa Rica
Honduras vidas de El Salvador.

Guatemala rumo a Porto Rico
Sobre a Nicarágua do rio Uruguai
Comendo Chile e maiz no México
Acendendo um Brasil no Paraguai.

A Argentina com o seu chapéu Panamá.
No coração a República Dominicana.
Onde Cuba foi parar?
Está no Haiti plantando cana.

Na Colômbia escrevi uma carta
Cujo destino era a morena Bolívia.
E na Venezuela das maravilhas fartas
Lembrei-me de que o Peru por aqui estaria.

México ( D.F.)
Abril de 1994.






Em 1997, já de volta ao Brasil, inscrevi esta brincadeira poética no concurso de contos e poesias promovido pelo SINPRO-MG. Tal ousadia, valeu-me uma estatueta, simbolo do "Premio Coruja" e, o que é mais importante, a publicação do poema na coletetânea intitulada "Palavra de Mestre". Muito chique, né?

Pedra do Sol (A Era do Quinto Sol)

A famoso monumento mexica conhecido como Pedra do Sol é na verdade uma representação escultórica de Nahui Ollin (Quatro Movimento), que simboliza a Quinta Era Cósmica ou o Quinto Sol de acordo com o pensamento religioso daqueles mesoamericanos. Por conter glifos pertencentes ao antigo calendário mexica, alguns chamam-no erroneamente de Calendária Asteca. Além de ser uma bela obra escultórica, a Pedra do Sol Quatro Movimento faz jus ao termo , pois é simplesmente monumental.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Popol Vuh- O Livro Sagrado do povo maia

Mural de Diego Rivera

Eis mais uma preciosidade do mestre Rivera para encantar os nossos olhos. Reparem cada personagem do quadro, o padrão de cores individualizado, único. Que técnica refinada. Uma verdadeira aula de pintura.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Viagem ao México





De 1993 a 1995 fiz uma necessária correção de rumo e pus em marcha um audacioso projeto intelectual. Mudei-me para a Cidade do México, para realizar um grande sonho: estudar as culturas pré-hispânicas daquele país, com enfoque todo especial na cultura maia, minha eterna paixão. Foi difícil me conter. Novos projetos, novos amigos, viver numa das mais maiores cidades do mundo e, de quebra, ter a oportunidade de estudar na conceituadíssima Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM). Foi uma experiência ímpar. Para vocês terem uma ideia do que eu vivenciei, digo-lhes que cursei Literatura Maia (iucateca) com um professor japonês, que ministrava as aulas em espanhol e cobrava leituras em língua inglesa. E o pior é que nós nos entendíamos! Nessa universidade tive colegas dos Estados Unidos, Coreia, Japão, El Salvador, Guatemala e Itália, cujas formações ou áreas de graduação eram completamente distintas (arqueólogos, historiadores, antropólogos físicos, linguistas, médicos, arquitetos). Era uma veradeira Torre de Babel com a diferença que nos entendíamos em espanhol. Esssa mesma universidade possibilitou-me conhecer inúmeros sítios arqueológicos como Tula, Teotihuacan, El Tajín, Malinalco, Cempoala. Só na zona arqueológica maia, ficamos cerca de vinte e dois dias viajando pelos estados de Tabasco, Yucatan, Campeche e o território de Quintana Roo. Enfim, reconheço, os deuses conspiraram a meu favor.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Viagens de estudo



Em janeiro de 1990, com o patrocínio de meu saudoso pai, o senhor Antônio Italo Liza, realizei um antigo sonho que era conhecer o Peru. Comecei o giro pela cidade de Lima, onde conheci a Plaza de Armas, visitei a Catedral metropolitana e explorei visualmente os museus de arte contemporânea e, é claro, o Museu de Antropologia e Arqueologia. De Lima voei para a cidade de Cusco, espécie de mistura arquitetônica da tradição incaica com o estilo colonial espanhol. Patrimônio Histórico da Humanidade, a cidade de Cusco possui belas igrejas. Muitas delas foram construídas ou estão assentadas sobre construções pré-hispânicas. Se vale a tentativa de descrevê-la, eu diria que ela é uma espécie de Ouro Preto, porém espanholizada. De Cusco fiz um tour por várias ruínas do antigo Tawantinsuyu, que nós popularmente conhecemos como império inca. Abraçando a cidade encontra-se a fortaleza de Sacsayhuamán e, mais para a periferia, encontamos pontos turísticos de Kenko e Tambomachay. O passo seguinte foi dar uma volta pela feira artesanal de Pisac. Mais tarde, conheci Ollantaytambo e viajei de trem até Machu Picchu. Na sequência, fui para a cidade de Puno, Localizada às margens do Lago Titicaca E terminei a exploração em Arequipa. Vou postar algumas fotos para vocês.