segunda-feira, 25 de julho de 2011

Apresentando Baalam, o jaguar (Panthera onca)




Acima encontram-se listados cinco glifos maia usados para registrar o nome desse animal sagrado, que, para nós brasileiros, é mais conhecico como onça pintada.


Poesia visual: Efeito de luz e sombra no Templo de Kukulkan (Chichén-Itzá, México)

Momento mágico no qual a sagrada serpente emplumada (kukulkan) desce simbolicamente dos céus e toca a superfície da terra.Isso só acontece durante os equinócios e mostra a sintonia da arquitetura maia com os fenômenos astronômicos. Arqueoastronomia é o nome da ciência especializada no estudo desse tipo de conexão.

Poesia visual: Detalhe do anel do Jogo de Bola de Chichén-Itzá (México)


Esse anel encontra-se fixado na parede lateral do campo de Jogo da Bola de Chichén-Itzá (Yucatán, México), considerado o maior espaço arquitetônico mesoamericano destinado à prática desse jogo-ritual.

Poesia visual: Chichén-Itzá (Yucatan, México)







No primeiro plano, destaca-se a escultura conhecida como Chac Mol, localizada no Templo dos Guerreiros. Ao fundo, vê-se o Templo de Kukulkan, também chamado de El Castillo.


Sítio arqueológico maia de Chichén-Itzá.

domingo, 24 de julho de 2011

Semeando palavras, colhendo versos





ODISSEIA

Houve um tempo em que das terras de Ítaca
A astúcia partiu com o valente Odisseu.
Foi mostrar seus poderes na distante Tróia
Recuperar a mais preciosa das terrenas jóias
A recompensa de Afrodite para um mortal que a mereceu.

Helena era o nome desse brilhante
Beleza espartana reluzindo entre duas frágeis coroas.
Um motivo para a bélica (di)visão.
Alguns centímetros para perder a razão
Grega cobiça, feminina herança que seduz e amaldiçoa.

Deixando filhos, esposa e cão, troiar se foi o valente Odisseu.

Tal como nos tempos em que era menino
Deu-lhes um instigante presente eqüino

A guerra esculpida num raro camafeu.



Vitorioso lançou-se ao mar.
Quase para sempre se perdeu
Com seus argonautas viajou até expirar
A punição que Posseidon lhe deu.








Poema do livro Semeando plavras (2003)

Poesia visual: Cenotes (México)












Mergulhemos nesse sonho.


Cenote é uma forma corrompida do maia iucateco dzonot. É o nome pelo qual designam-se esses imensos reservatórios de água, muito comuns no solo calcáreo da península de Yucatán. Os cenotes eram locais sagrados para o povo maia. Em alguns deles, inclusive, eram lançadas oferendas aos deuses, que poderiam ser desde objetos de cerâmica, jade e ouro até mesmos seres humanos.



sexta-feira, 22 de julho de 2011

Frederick Catherwood: ruínas do palácio de Palenque


Aqui o afamado artista inglês legou-nos sua visão do principal pátio do complexo arquitetônico do palácio de Palenque (Chiapas, México)

Frederick Caterwood: Vista panorâmica de Palenque (Chiapas, México)


Ao fundo, vê-se, do lado esquerdo, uma reprodução das ruínas do Palácio de Palenque. A elevação montanhosa à direita é o famoso Templo da Inscrições, onde os antigos moradores da cidade sepultaram o mais importante rei de Palenque: Pakal, o grande.


O sistema numérico de pontos e barras usado pelo povo maia



O haab e o tzolk'in



sábado, 16 de julho de 2011

Poesia Visual : Pintura mural de Bonampak (Chiapas, México)





O sítio arqueológico de Bonampak possui um dos conjuntos pictóricos mais bem preservados de toda a Mesoamérica. Alguns estudiosos afirmam que essas pinturas são uma espécie de Capela Sistina do mundo maia.





sexta-feira, 15 de julho de 2011

Litografia de Frederick Catherwood: El Castillo de Chichén-Itzá (México,1840)

El Castillo ou Templo de Kukulkán, sítio arqueológico de Chichén-Itza
(Cultura maia, Yucatan, México)

Litografia de Frederick Catherwood:Tulum (México, 1844)


Ruínas do sítio arqueológico de Tulum (Cultura maia, México)

Homenagem ao talento de Frederick Catherwood: Litografia da Pirâmide dos Nichos

Pirâmide dos nichos, localizada no sítio arqueológico de El Tajín
(Cultura totonaca, Vera Cruz, México)


Quem foi Frederick Catherwood?



Frederick Catherwood foi um jovem arquiteto inglês (1799-1854) que realizou uma série de viagens pelo México e América Central, entre o final dos anos 30 e meados dos anos 40 do século 19, sempre acompanhando o explorador, advogado e amigo estadunidense John Lloyd Stephens (1805-1852). Catherwood produziu várias litografias, retratando as ruínas de cidades pré-hispâniacas que ele visitou. Essas imagens são fundamentais à formação de todo mesoamericanista, em especial aos que se dedicam ao estudo da cultura maia. Um verdadeiro tesouro artistico.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Jogo de bola maia



Reconstrução do campo de Jogo da Bola da cidade maia de Copán
(Honduras) e da parafernália necessária à sua realização

Poesia visual: Caverna próxima a Dos pilas (Guatemala)


Para o povo maia, as cavernas são espaços sagrados, considerados pontos de conexão ou entradas para o inframundo.

Poesia visual: Grande praça de Tikal (Guatemala)



terça-feira, 5 de julho de 2011

Informações sobre Copán (Honduras)

Glifo emblema da cidade de Copán




Reconstrução da famosa escadaria hieroglífica maia de Copán, na qual destacam-se as suas cores originais (vermelho e verde).



No coração da noite



NO CORAÇÃO DA NOITE

Um rio de luz
Solta os seus longos cabelos
Frente ao enluarado espelho
No negro coração da noite.

Um rio de luz
Abraça a minha janela
Numa perfeita cena de novela
Seguindo os passos da noite.

Um rio de luz
Perfuma todo o firmamento
Só porque, neste momento,
Abriu-se uma estrela no jardim da noite.



Do livro Escudo de pétalas (1995)

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Poesia Visual: Escadaria dos hieróglifos (Copán, Honduras)



Um longo texto de pedra, composto por mais de 2200 glifos, cujo conteúdo ainda é um enigma para os epigrafistas. A escadaria dava acesso a um santuario que, no século 8, estava localizado do topo do Templo 26 de Copán.




Foto: Antônio Augusto Horta Liza



Poesia visual: Antigua (Guatemala)

Refinamento e muita sensibilidade estética. Elementos inerentes à arquitetura colonial espanhola.

Foto: Antônio Augusto Horta Liza

Dois recados poéticos para Xochitl







VERSOS NOTURNOS

Para Xóchitl

No espaço de uma noite
Bem distante de você
Vi seus olhos, pérolas constantes
Luzirem como dois diamantes
Transparentes faces do querer.

No espaço de uma noite
Fiz você me merecer.
Escrevi versos como nunca antes
E uma inspiração cativante
Invadiu-me, pode crer.

No espaço de uma noite
Meu monopólio era deter
Seu sorriso infinito.
Pois tudo o que há de bonito
Tem sinônimo: é você!


Do livro Sinfonia das mãos


AMO VOCÊ


Divaguei no mar de seus carinhos
Enlouquecido por tanto querer.
Na noite escura guardei o seu longo sorriso
Insisti em ver-lhe florindo
E sob o luar, quase divino
Escrevi com as estrelas
Eu amo você!


Do livro No vale do coração