quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Equívocos históricos: fim do ciclo calendárico maia





Bom pessoal, garimpei esses cartuns na Internet para ilustrar o que eu pretendo falar sobre um assunto que vem ganhando espaço na mídia desde o ano passado (vide o filme de forte apelo comercial chamado "2012") e que, por ignorância da riqueza cultural dos povos mesoamericanos, acaba perpetuando grandes equívocos. Trata-se do profético "fim do mundo" no dia 21 de dezembro de 2012, de acordo com o calendário maia. Primeiramente, gostaria de esclarecer que o povo maia não tinha apenas uma forma de contagem do tempo. Além do Tzolk'in e do Haab, que funcionavam de forma sincronizada e faziam com que uma determinada data se repetisse a cada período de 52 anos, havia os cômputos lunares, a conta longa que tinha como ponto de partida o ano de 3113 a.C (correlação GMT) e trabalhava com períodos denominados Baktunes, e uma forma mais tardia de registro temporal denominada de "roda dos katunes". Para esse povo mesoamericano o ano de 2012 assinala o término de uma etapa e o início de uma nova era cósmica, e não o decanto fim do mundo que se apregoa. Contudo, um dos maiores equívocos reside na utilização da Pedra do Sol (erroneamente chamada de calendário asteca e monumento genuíno desse povo pré-hispânico) para referir-se ao calendário maia. Os cartuns acima comprovam o que eu disse. Vejam até que ponto a ignorância de alguns pode semear o pânico e perpetuar um grave erro histórico, essa inverdade cultural.

PS. Quem quiser pode conferir uma das charges vrtuais do site charges. com (cujo slide de entrada encontra-se reproduzido acima)), que, apesar de bem feita, perpetua essa errônea associação da Pedra do Sol-Calendário maia.

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